terça-feira, 6 de julho de 2010

Aqui jaz tua busca.Dentro de tí!


Segundo Lacan, nós seres humanos vivemos uma eterna busca pelo "objeto A". As vezes achamos que tal objeto é uma pessoa, então nos ancoramos nela, e por mais que seja o "objeto" errado, procuramos ser felizes com a ilusória visão de que é o certo. Nos cegamos pela ilusão de um falso amor. Mas, dentro de sí, percebemos viva e pulsantemente aquela falta. A falta do que nós achamos, ilusóriamente que já foi preenxido. A falta do desconhecido. Fazemos então a construção mental de que o que vivemos no momento presente é o melhor que conseguiremos, o mais perto que chegaremos da perfeição. Cessamos a busca. Pra quê? Pra prender a algo(ou alguém) uma emoção que quer ser livre? Mentimos pra nós mesmos e furamos os olhos da nossa própria razão. Pensamos, um dia amarei tal pesoa, completamente. Um dia me sentirei realizado e pleno com ela. Um dia, outro dia, todos os dias, a perpétua incompletude de dia nenhum. Algumas pessoas usam a carência como justificativa que tem como título "conversa fiada". Agora posso dizer, para além do meu universo de palavras milimetricamente ensaiadas, mais do que eu propunha: Querido iludido, amor é essa besta solta no pasto do coração. É vc não querer tanto que não consegue parar de querer. É certeza, corpo gritando de plenitude, tanto tempo buscada, e agora encontrada. E não há Lacan nem Freud que explique. É guardar as palavras de tão pulsante e vivas que parecem ser. É entrar na sua loucura e sacar aquela poesia escrita a tanto tempo no cerne do seu ser. Sim, posso pegar a sua fala e agora gritar pra você em plenos pulmões: Se liga. Abre os olhos da tua emoção. Acende uma luz nessa mente escura. Até quando viverás de metades e desconcertos? Até a tua fragilidade escondida sobre as sete capas da ironia não aguentar mais? Corre pro mar denovo, se entrega mansamente a forma como se envolves, com palavras, sentimentos e códigos. Penetra na tua "cortina de ferro" e vislumbra o "céu de brigadeiro" que insistes em negar. Bem, eu não sou ônibus, mas vou direto ao ponto: Sabe esse "eu" guardado que vc insiste em negar?Ele é o que produz tuas emoções mais verdadeiras. Fingir é a saída de emergência pra quem quem fugir de sí mesmo. Tem graça isso?Então vem de encontro a tí mesmo. Segue as trilhas marcada com migalhas atravéz da floresta do tempo.Quer que eu te diga uma frase de 10 letras que contém a tua verdadeira felicidade?Aproveita e absorve ela como uma órdem expressa: Se encontra!

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