terça-feira, 28 de setembro de 2010

O ponteiro aponta pro norte...

A nova é que não me resta mais tempo pra nada, e tão sem tempo que fico... corro atrás do tempo que não tenho, e só o que encontro é perca de tempo. Onde é que o tempo se esconde quando precisamos dele?

Minha têmpora anuncia com dor que o tempo que passou, deixou um aviso na janela... sim, naquela entrada onde em cima está escrito “tempo perdido” aquele tempo que a tanto eu procurei nos achados- e-perdidos estaria ali? Ainda estariam dentro dele todos os meus sonhos de criança, sem a terna temperança de tempo nenhum? Tornaria ele o que quando o encontrasse? Tempo achado? E o que me esperaria para além da janela? Enfim, O tempo verbal me impulsiona a ter uma ação, decido então, quando os ponteiros do relógio amarram minha atenção pro tic-tac tão sonoro e apelativo dos minutos que não voltarão mais, que devo voltar no tempo, na estrada da retrospectiva, ir pelo norte, que me levará ao cabo da boa esperança, onde deixei a máquina do tempo, que me reportará lá para onde o tempo é eterno, onde um momento amarra o ontem, o hoje e o sempre, tornando passado, presente e futuro nesse circuito infindo, vestido das fantasias oníricas presentes desde o início, quando o tempo era só um detalhe que esquecemos de ter.

Por: Narriman B.

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