segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Subliminar

"Eu deixo um rastro quase imperceptível de pistas enigmáticas.
Microscópicas certezas de uma dúvida perpétua...
Respingos de carinho onde parece habitar a indiferença...
E na descrença de um esquecimento enfeito a lembrança...
para que ela brilhe em minha esperança de tal modo...
que chegue ao teu limiar de percepção, e toque o teu coração, como uma linda canção..."

Narriman B.

A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.

A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo,
o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.

O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se,
o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre.

Vinícius de Moraeshttp://www.youtube.com/watch?v=33godbdFB2w

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