segunda-feira, 17 de maio de 2010

Alguma pergunta a mais?

Eu só queria respirar sem ser ofegante, e digitar de forma que meus dedos permaneçam intactos, e não parecendo embriagados como estão. Mas parece que a confusão mental inicial ainda ñ me abandonou. Recordo tanta coisa, e temo que o filme se repita. Temo ainda mais que ele continue, em mudo, preto e branco, e com o mesmo plano de fundo de sempre. Olho para trás nostálgica. Olho para frente esperançosa, e tudo em mim se bifurca, na minha luta interior de descobrir o caminho certo a seguir. Qual o próximo passo? A pergunta se repete, sem nenhuma pessoa capaz de respondê-la. Talvez, inconscientemente eu quisera que essa pessoa existisse, e que ela me desse um 'reply' seguindo de um fantástico 'stop'. Mas o que eu vejo é silêncio, e fuga. E essa velha roupagem, não mais me atrai. Percebo-me pequena. Noto-me maior do que minhas projeções. Sinto em mim um potencial que nunca vi antes. E isso me assusta!

É quando percebo que já atingi a maioridade mental necessária para me emancipar nas decisões. Percebo que os olhares não captam o que há aqui dentro, e na entrave de um olhar que aparentemente julga, noto o amor, que faz com que eu tome atitudes q eu desconfie ser fruto desse! Meu coração que agora enxerga fora da "caverna" segue seus rumos, ele se reconstrói. Mesmo em silêncio noto tudo a minha volta se modificando. Nasce um novo tempo, uma nova estação. Mas perguntas ainda ecoam no meu cérebro: Será q não existia muito mais? Será que o que parece continuar igual, não esconde uma surpresa? Aquele olhar de sempre ainda me traz tantas perguntas, que eu calo, que eu guardo. Ainda me traz motivos para sorrir, que eu abro mão. Terá tantas facadas emocionais me colocado em uma redoma? Terá eu, como boa aluna da vida,finalmente aprendido a lição?

Perguntas capciosas, não? Mas me recuso a achar que as palavras tenham sido em vão, quando tanta verdade oculta havia nelas. Recuso-me a acreditar que os melhores gestos sejam negligenciados, que toda renuncia nem tenha sido vista, e que, mais uma vez eu me encontre sentada em um lugar secreto, sozinha, agarrada aos meus mais puros pensamentos, banhados a lágrimas. O que eu esqueci, e permanece em mim, que todos desacreditam, terá um final diferente, ou terei que escrever uma nova história, dessa vez baseada em fatos reais? Fico na expectativa das coisas que ainda virão (ou não). A vida segue me dando novas perguntas. E quer saber? Lançarei-me em busca de suas respostas com prazer!

N.B

2 comentários:

  1. Amigaa.. texto perfeito..
    Filosofa hein' haha

    Amo ♥

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  2. Sempre existirão perguntas a mais. Acontece justamente como escrevi no meu post sobre 2012... "Não são as respostas que movem o mundo, mas sim as perguntas." Imagine o que aconteceria se houvesse resposta pra tudo... Simplesmente não haveria sentido em viver e aprender cada vez mais.
    Mais um belo texto seu =****
    Beijão. Telovu. =D

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