segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Eterna icógnita no abismo do coração

A voraz sagacidade das coisas espontaneamente vividas, escrevo eu...
existir é pouco perto do que eu sinto quando o faço...
Mas me diz, o que me levou a sentir, o que me levou a essa fuga perigosa da realidade, que flameja o fogo mais intenso?!
É como o içar das velas, que movidas em brisa, vêem nascer a tempestade, ocasionada por um simples sopro...
De vergonha, me calo, de alegria o sorriso escorrega quase que sem querer boca a fora, daí
me torno súdita do meu coração, mesmo que depois reprima tudo novamente, naquela sensação de que meu amor é um pássaro solitário, em busca de liberdade ha tanto perdida, e tão difícil de ser reencontrada.
Nesse impasse, detenho-me aos códigos, aqueles que a gente só atenta quando ama, quando a atenção é dobrada e nem os mínimos detalhes passam desapercebidos.
Essa alegria que pra mim é som suave, esse sorriso largo que entra em compasso nesse arranjo musical de notas bem humoradas[...]
Quem parará para entender as coisas que eu escrevo?

Tampouco as que sinto,tampouco as que imagino?
Gritar num alto falante as palavras que teimo em guardar só pra mim,seria de valia pra tí? Como lua cheia transbordo eu, já dando importância mínima pras palavras que outrora proferiram...
O mais profundo dos poços poderiam abafar o grito do meu coração? Duvido em extremo...!
Que seja insanidade pros que se dizem sábios...
Que seja besteira pros que se acham importantes.
Que seja à toa pros fúteis...
E improvável pro incrédulos...
Para mim será sempre uma incógnita prestes a ser descoberta.

Narriman B.

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