sábado, 20 de novembro de 2010

Saudades, infindas saudades!

Saudade de queimar de amor, e continuar vivendo, com a vívida sensação de amar de verdade...
Saudades da ansiosidade provocada por faltar uma hora pro encontro mágico, da queimação gástrica, das palpitações de um coração que quer sair do peito ao encontro do outro. De vê-lo depois, tranquilizar, pela tranquilidade de outro coração, ao se aproximarem num abraço, perigoso abraço. Saudades da transformação de horas em dias e de e de dias em segundos quando se está perto. De olhar pras coisas e ver além delas, de achar na tempestade motivo pra sorrir, se aquecer... saudades até do medo de perder...de esquecer de dormir à noite porque já se sonha demais quando acordado...
Saudades de guardar o que realmente se quer dizer...

"— E você, por que desvia o olhar?

(Porque eu tenho medo de altura.

Tenho medo de cair para dentro de você. Há nos seus olhos castanhos certos desenhos que me lembram montanhas, cordilheiras vistas do alto, em miniatura. Então, eu desvio os meus olhos para amarrá-los em qualquer pedra no chão e me salvar do amor.

Mas, hoje, não encontraram pedra. Encontraram flor. E eu me agarrei às pétalas o mais que pude, sem sequer perceber que estava plantada num desses abismos, dentro dos seus olhos.
)


Ah. Porque eu sou tímida."



Por N.B.B

Nenhum comentário:

Postar um comentário