terça-feira, 9 de novembro de 2010

No princípio era a dúvida

...

Mas,com o decorrer dos momentos eu a executo,transformo-a em mero tapete para descobertas..

O que há em mim floresce diferente do que pensam, e possui forma própria ,independente do que é vivenciado em outras instâncias e em outras formas de vida...O que há em mim pulsa, e se refaz na aura do dia que traz em seus raios a esperança de uma nova chance...

O medo, nossa defesa pessoal, abre seus braços na tentativa de envolver-me por completo, de separar o que já se faz indivisível: as certezas que percorrem minha alma. Mas seriam essas certezas as certas? Quem poderia afirmar isso comprovadamente? É necessário que eu me contradiga? Pois que seja, se isso me levar ao conhecimento interior pleno que eu tanto necessito, é um doce preço que eu pago feliz...

Há tanto a ser moldado, que ofereço a mim mesma como mediadora desse processo de transformação. Há o que ser abandonado, roupagens antigas que ainda deixam seus fiascos em nós. Pode ser que se livrar disso acarrete sofrimento, mas vale á pena seguir. Há em mim uma necessidade enorme de se vestir de mim , do meu ''eu'' mais oculto,mas a pergunta é: quem o compreenderia? Me torno agente dessa resposta: o Criador da minha alma, Ele conhece bem a matéria que Ele mesmo projetou. Ele me dá embasamento para esse novo momento , se faz luz em meio a escuridão em que eu havia vivido. Sim,ele e mais ninguém. Se estou envolta de lúgubres noites, Ele é a luz, a sua paz é aquela que permanece em nós, mesmo em meio a dor, a angústia, a perda de sí mesmo, a perda do outro....

Ele nos traz o perdão que nós negamos a nós mesmos. Os remorsos dentro desse parâmetro deixa de existir, pois Àquele que habita em nós não trabalha com remorso, mas com arrependimento. O profundo arrependimento e o auto-perdão nos dá a coragem necessária pra consertar o que está fora do lugar ,que muitas vezes foge a nossa compreensão. É inexprimível, mas de rara importância. Não somos o que queremos ser? Paciência! Podemos chegar a ser, capacidade não falta para preenchermos o que ainda é lacuna em nós. A vida com Cristo nos dá essa abertura,a segurança de ancorar em novos caminhos, descobrir novas fronteiras, transmutá-las. Isso nos leva a plenitude cristã.

Narriman B.

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