quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A linha tênue que divide a vida...


A tênue linha que insiste em existir. Que faz o individualismo balançar, arriscar cair no altruísmo, que vive lado a lado com a empatia, decorando os canteiros da harmonia. Basta um simples trepidar, e a corda bamba do amor próprio te leva ao orgulho, a exacerbação, e o "a quem honra, honra" te leva a babação. E quantas vezes, amor e ódio de mãos dadas estão?

Uma eterna contradição, entre estranhamento e magia, mais um passo e se rompe a melodia, transforma-se em caos o que antes era harmonia.

Olho pro lado de lá, vejo a religião às bordas da comunhão com Deus, uma linha as vezes aparentemente perpendicular, que se cruza em algum lugar. Ledo engano! Paralelas estão, lado a lado, formando um caminho apertado. Mas nunca se encontrarão.

E liberdade x prisão? Tão fácil é confundir. São várias linhas que forma uma cadeia. Coração em detenção máxima, mas que incendeia. A liberdade do ser humano percorre a veia, o coloca numa batalha constante em busca do que ele anseia.

Olhar-se no espelho da vida, se enxergar. Encontrar dentro de sí a solução. Tentar entender seu padrão, é de grande resolução. Dúvidas dissolvidas, conflitos solucionados. Mas há o outro lado. Você pode deixar o espelho parado e levantar quem está prostrado? Ou será que o narcisismo te afoga no mar da ilusão? E esqueces a importância de ser irmão? Revive o tão esquecido ato de dar a mão!

Mas há coisas que não se pode separar em linhas e demarcações nítidas. O amor, tendo a amizade como ponto de partida, duas nuances em uma vida. Quem poderá separar? Quando um do outro se afasta, apenas cinzas sobrará.

Esta é a vida, então, uma constante trepidação, linhas imaginárias, demarcação. Decisões constantes que nos dividem ao meio. Pensamentos e devaneios. Razão e emoção. Linhas sem conexão.

Saberás tú viver em equilíbrio então?


Narriman B.


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