A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.
A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo,
o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.
O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se,
o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Subliminar
domingo, 19 de dezembro de 2010
Limites versus liberdade - Marla de Queiroz
sábado, 18 de dezembro de 2010
Que reacenda o que for pra ficar...
A luz de um novo ano brilha mais adiante, apelo alusivo ao costume intrínsecamente humano de se deter aos ciclos. É interessante o quanto os nossos olhos se atraem a finais, trazendo para fora da toca uma retrospectiva do que foi feito no decurso da história, um retorno do mar aos meandros que o rio percorreu, e aos que ele poderia ter percorrido. A gente olha e apercebe-se da verdade dos fatos: existiram inúmeros "e se" no meio do caminho, que ficarão eternamente sem resposta. E daí, vem, imponderavel, a angústia do poder de escolha. Temos a liberdade de escolher qual caminho dentre tantas bifurcações vamos seguir, mas não temos o poder de saber para onde elas vão nos levar. Mas a verdade é que cada uma dessas escolhas culminam naquilo que vamos nos tornar, incorporadas, numa mistura homogeneizada. Pensamos nas extravagâncias que a nossa alma cometeu. Vejam só, cometemos o disparate de nos entregar as nossas próprias vontades e insanidades. E pior que isso, gostamos! Que politicamente incorreto, não? Talvez, então que bom que o ser humano é mesmo contraditório ao que lhe é imposto, afinal, como ele se reciclaria, e se veria em outras perspectivas, se não cometesse as insanidades que debandam do seu verdadeiro eu, enclausurado nas paredes de sua razão, da dona ética, com sua ordem impressa de contenção? Que tal um brinde então ao passeio pelas vias da nossa loucura. Vamos, traga sua taça de coca para perto da minha, um brinde a voraz sagacidade das coisas espontâneamente vividas!
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Sorri
Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios
Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador
Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos
Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Melhores perguntas do Formspring-me, parte 2
Qual significado da vida pra você?
A gente passa a vida procurando significado pra tudo. Quando alguém diz que nos ama, queremos saber o que isso significa. Mas a vida não é um dicionário. Não caberia em palavras ou signos o que ela significa. Apenas em imagens, gestos, cheiros, sons, tudo isso junto, formando a vida que se vive em cada momento, de forma singular. Penso que a vida significaria aquilo que se faz com ela, sem conceitos nem definições, apenas ações ;)
qual seu conceito sobre o AMOR?
É impossível conceituar o amor. Podemos descrevê-lo, falar sobre suas diversas formas de atuações, falar sobre suas partes, mas não sobre o Seu todo.Seria como dimensoinar-lo, limita-lo.E também depende do tipo de amor (Ágape, Eros, Phillia Ou storge).Mas o amor,na sua forma mais tradicional, pra mim é como conjunto de todas as coisas que movem meu interior quando eu fecho os olhos e desenho com todas as cores e formas, a imagem mágica daquela pessoa especial. Tudo em mim se move numa fascinante sensação, bem estar, prazer, e completude. É olhar pra pessoa e ver seu "eu" mais perfeito refletido, e um simples piscar de olhos ser a coisa mais linda. É se pegar admirando até um espirro. É você querer proteger com seu próprio corpo. Não conseguir achar gostoso nada que aquela pessoa não possa degustar com você. É não rir da piada mais engraçada, porque não pode compartilhar aquela gostosa risada, e rir da coisa mais boba, só porque lembrou da pessoa, e logo em seguida ficar triste porque ela não está do seu lado. É quando ficar em silêncio perto dessa pessoa é melhor do que fazer qualquer outra coisa sem ela.Flutuar quando ela está perto, interagindo. Desejar o seu bem maior, acima do seu bem. Querer arrancar com as próprias mãos qlqr dor q "ele" possa sentir.E ser capaz das maiores peripécias para fazê-lo sorrir, todo dia, constantemente. É sentir que agora seu mundo ganhou um sentido e uma conotação, pelo simples fato dessa pessoa estar ao seu lado. É saber q existe outras pessoas, talvez mais bonitas interessantes, mas não estar nem aí,porque ela é insubstituível e unica. Mas tbm é hábito, escolha, projeto maior. Poderia passar o dia inteiro falando, mas o é segredo. Só conto pra uma pessoa ;X
Pra entender, vide estes:
http://www.youtube.com/watch?v=DESEUoNuhxQ
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=32830983
Ilógico, não vemos, não sabemos explicar, mas eu acredito nele, mesmo quando não o sinto, e sei que é o sentimento mais puro do mundo !
Já se arrependeu de ter amado alguem ?
Não mesmo, nuncaaa, nem mesmo nos momentos mais sombrios, nem nas noites de lágrimas a mil. No momento em que eu amo alguém, essa se torna aos meus olhos a pessoa mais maravilhosa do mundo, é a pessoa que embala meus desejos e sonhos,a quem eu quero dedicar meu melhor em tudo. Mas nem sempre é o que podemos ter. Mas se não temos o que queremos ter, certamente teremos outra coisa: aprendizado, lapidação, aperfeiçoamento para que quando o amor verdadeiro chegar, estejamos afiados [/rsrsrs axo bobeira ver as pessoas culpando a outra por não corresponder, ou por ser impossível no momento. Curte o sentimento cara. Tem gente que olha para chuva e vê a tempestade. Eu vejo oportunidade de plantar. As pessoas ( incríveis, por sinal, embora diferentes) que eu amei, ajudaram a fazer de mim quem sou hj, sempre e sempre estarão na minha vida, e eu sempre as amarei,embora de formas diferentes.
Uma lição que aprendeu ao longo da vida?
Só uma? rsrsrs Essa nossa professora (vida) é fantástica, ela bombaa... não para nem pra lanche. Bem, a ultima lição mais significativa que tive ( estou tendo, na real) diz respeito a amor próprio. Você nunca, jamais vai amar alguém mais do que sua capacidade de amar a você mesmo. E isso não aprendí na facul.É bobeira se tornar dependente de alguém, procurar respostas e fazer de alguém porto de escape. Você precisa cuidar de sí primeiro. Viver o máximo de sí, Descobrir o máximo de sí (aumentado em toda potencialidade enquanto vc se internaliza) e ter um relacionamento profundo em Deus. Isso nos dá a dimensão exata de amor para doar a outra(s) pessoa(s). Entender isso fará de nós excelentes companheiros, capazes de surpreender quem não imagina tudo o que podemos ser. ;D
Alguma pergunta a mais? http://www.formspring.me/NarryBB
Melhores perguntas do Formspring-me parte 1
Isso acontece inevitavelmente com todo mundo que tem coração...
é tão certo quanto a morte e os impostos,.
Nisso reside a assombrosa fragilidade do amor, lado a lado com sua maldita recusa em suportar com leveza a vulnerabilidade.O amor é uma hipoteca baseada num futuro incerto e inescrutável, por isso mesmo não dá pra ser indolor. Deve ser por isso que a bíblia compara o amor com a morte. Os dois são certos, são temidos, são FORTES e determinantes para nosso sentido de vida, tememos os dois. Mas o pior não é quando a gente sofre por amor, mas sim por ausência de amor. Amor próprio.Penso que é o porquê da maior parte de nosso sofrer. Amor rima melhor com dor, não é? Pois pronto!
Na verdade, a sua consciência é aquilo que você pensa no ato das suas percepções, de você, do mundo, de tudo. Incorpora também aquilo que o outro pensa sobre mim, uma vez que somos muito mais do que apenas nossa consciência, somos coletividade, seres puramente sociais e tudo o que acontece a nossa volta afeta o nosso individual. Entendo reputação pelo que a bíblia diz, naquele versículo... "Foge pois tú da aparência do mal" Então dou importância a ela. E mesmo me importando com ela, há aqueles que a deturpa, magina se eu resolvo que é problema dos outros? Convenhamos que vindo de um usuário de maconha, essa frase é um tanto tendeciosa uahsuahsua' Devemos viver em equilíbrio, cuidando sim da imagem que fazemos de nós mesmos, mas não deixando de correr para longe de tudo que aparente o mal.
qual é seu Objetivo aqui na terra ?
É me tornar a pessoa que eu tenho capacidade pra ser, não me prendendo às algemas invisíveis da opinião alheia, ou sendo abrigo para as necessidades de outra pessoa. Quero ser não melhor que ninguém, mas melhor que mim mesmo, e sempre que vier uma luta, me tornar ainda mais capaz, alcançar minha liberdade interior máxima, e descobrir em cada dia, em cada coisa, seu sentido, o meu sentido de existir. O que eu quero ainda não te nome, é mistério a ser resgatado. Romanticamente falando, eu quero evoluir no meu diário de vida, quero que alguém encontre, leia, e se encante. Divinamente falando o meu objetivo é corresponder a missão para a qual fui chamada. Por enquanto é só, aguardem novos capítulos do livro... :D:D
Algo que vc nunca abrirá mão de ter ?
Um sorriso estampado no rosto, apontado para qualquer coisa que venha dizer que eu não posso ser feliz mesmo em meio a turbulência!
O que é pior, saber que o amor acabou ou que nunca amou de verdade?
Penso que um é consequência do outro. Se o amor acabou, é porque não era de verdade, foi ilusão passageira, hábito, carência. Amor de verdade, grande amor, será sempre amor, mesmo que mude. Axo que a noção de que o amor acabou, e que consequentemente vc não amou de verdade, é bem pior do que amor não correspondido. Rola um vazio, uma falta de sentido, de assunto. Se perde a essência daquilo que se busca...Não há nem mesmo aquela presença espiritual da pessoa amada. Mas é uma fase que tem seus pontos positivos. Chegou a hora de juntar os pontos, de se reencontrar, reconquistar a sí mesmo, entrar noutro patamar de vida, da consciência de sí,se amar!Esse amor primeiro, o próprio, que não se acaba, sendo ele próprio o primórdio de todo e qualquer amor verdadeiro!
Tá bom senão eu faço um postulado aqui... kkkkkkkkk
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
A menina dos olhos de lupa em: Acontecências.
A menina dos olhos de lupa acordou num desses dias de primavera, atenta para a essência da vida, das flores, do dia, das cores, tudo ao seu tempo.
E atenta que estava ao momento ela ouve algo, um som não homologado. Era estranho, era como se alguém tivesse encontrado as suas letras
e agora estivesse cantando todas em alto e bom som, cantando seus sentimentos com outras palavras, milimetricamente ensaiadas.
Ela sorriu um prazer delicado e pungente, correu para a varanda em busca da fonte sonora: na rua, um menino sentado na calçada tocava violão e olhava para o céu, abismado com as cores celestes ao entardecer.
A menina respirou sua última esperança, ajoelhou-se, olhou o céu e chorou.
O tempo se passou, ao som do tic-tac viciado do relógio que se apropria de tempos alheios, e então, num cenário modificado, ela acordou.
De súbito, novamente, ela ergue-se do sono, das suas viagens oníricas. Estava devendo uma visita a janela das acontecências, seu costumeiro lugar de escape para dentro de outros universos. Corre para lá, o que ela avista? Algo que seus olhos não conseguem acreditar. De mãos vazias, envolto pela leveza do silêncio e das flores primaverísticas espalhadas pelo chão, lá estava ele. Tinha transformado toda sua docilidade em um olhar, rápido, porém certeiro como flecha inflamada de um flecheiro em direção a presa.
Com as mãos apertando as bases da janela, como quem quer pular para junto da sua descoberta, ela pergunta. Porque olhas tão rapidamente? Talvez saibas que seus olhos não mente, pensava ela, com um meio riso nos lábios, formando parênteses.
Ele, tímido, trepidante, branco como a branca blusa que veste, agora se deixa avermelhar, como se as rosas que jaziam no chão ao seu lado tivessem cedido o seu rubor, para que ele pudesse mascarar as emoções. Que rosas tão solidárias (ou ordinárias, dependendo de que ponto de vista da história você apegou seu coração). Ele nada dizia, enquanto dizia tanto. Apenas olhava.
A menina dos olhos de lupa olha espantada, e num ato de pura sutileza, fecha a janela. Mas algo transcendia e sugava sua alma-menina em fulgores relutantes, e ela, simplesmente se deixava levar. Ela fecha os olhos, negros olhos, espelho convexo de almas alheias, prepara-se para mais uma de suas empreitadas. A sua respiração ofega em contraste com as batidas do seu coração e ela pensa: que menino ousado! O menino que cantou minhas dores com sua voz, e contou minha história em suas rimas sem métricas, agora embaralha minhas notas musicais harmoniosas, deixando meu coração descompassado. O que fará ele após disso? Pergunta algo para o qual já tem a resposta previamente digitada em sua mente sem lembranças recentes. Ela sentia a janela com suas costas. Os olhos abrem, mas parecem resistir em reviver. Abrem e fecham diversas vezes num único instante.
Mas, não há escolha: é vida!A menina percebe-se estranha, algo acontecera. Ela, sempre tão espontânea quanto seus cabelos postos ao vento, se percebe tímida! Que brio, alguém a intimidou. Troféu para ele, pensa ela!
Ela que tantas vezes teceu caminhos de migalhas, disfarçada de códigos e frases desconexas, agora se apruma, ergue os braços para o alto, seus dedos se entrelaçam, e espreguiçando ela sai, atrás do moço, dono do olhar mais tateável que ela já viu.
Ela sabe que pode presenteá-lo com algo de valor semelhante as mais preciosas jóias, e num chão ladeado por elas, ela sai, arrastando os pés pela areia, Grão a grão. Vagando em ondulações contínuas. Os seus rastros convidativos se assemelham a cordas, se amarram àquele rapaz que nada diz, apenas segue, impressionado por si mesmo, abandonando as rusgas de um coração tão duro quanto pedra. Sua expressão imprecisa deixa clara a sua inconstância de sentidos. E isso, como encanta a menina do olhos de lupa, que vê além dos muros intransponíveis de sua alma. Agora simplesmente tudo se faz estrada, e eles apenas seguem.Caminham a ermo para a floresta. Sentam um de costas para o outro, e põem se a tecer histórias não datadas em suas mentes ávidas por descobertas e aventuras. Constroem um inventário com as pedras, e com as flores molduram sonhos, emoções e suas loucas confissões.
Ela o ensina a superar a tempestade que fustiga o elo frágil de suas correntes, ela é sua fortaleza agora. A ilha para onde ele olhava em meio ao caos reviravolto, quando as ondas, com sua boca gigante, ameaçava devorá-lo. Ela é a suave queda de pára-quedas com chuva mansa, a molhar sua face, lavando suavemente as marcas do cansaço aparente, de forma contínua, resvalando enquanto o vento acalenta as idéias. Ela é a sensação boa de borboletas voando no estômago, de um lado pro outro, suspensas em passos de dança. Ela é a própria dança a balançar seu corpo. E ele é o pouso que ele faz em sí mesmo. A menina dos olhos de lupa não se demora nas palavras. O timbre da voz que ela não pode mais ouvir. Deixou perdido em seus ouvidos, numa dessas noites em que as estrelas penduradas no varal voaram e se dispuseram em seu olhar, todas ao mesmo tempo. Constelações se alternando em mensagens ininterpretáveis. Tornado-se enormes espetáculos à menina que afinal, tem olhos de lupa, e pode agigantar a simplicidade dos atos. Derrepente, concentrada no olhar ela pensa, que nem mesmo as tardes de contínuas horas de conversas se comparariam, aos textos e pretextos proferidos.
Ela se confessa cativa. Ele rí, gabando-se da sua situação liberta. Ela se ergue num subto de indignação e o desafia: então, baila comigo? o teu "eu livre" e o meu "eu cativo"?Quem sabe meu coração não pegue o seu, com as mesmas correntes que você ousou prender-me? E derrepente ele deixou de ser metade, como se a sonoridade do tilintar dos passos dela envoltos naquela perfeita dança, chamasse seus sentimentos mais secretos para fora da toca. Alí estava ele, em plena sensação de liberdade. E a dor dos sentimentos rememorados e repletos de mágoa, então, onde estavam? Teriam os ventos do oeste os carregado com ele lá para as margens de suas insanidades? Não se sabe. Sabe-se apenas que Ela, a menina dos olhos de lupa, levou embora seus restos de correntes que o mar deixou. E enquanto se despediam, ela em silêncio, sabia, pois que todo silêncio do mundo não seria suficiente para acalmar essa inquietude, deixava apenas a suntuosa despedida bradar. Ele a olha mais uma vez, dessa vez, demoradamente, se aproxima, porém ela põe a a mão nos seus lábios e diz decididamente:
_ Não diga nada, não faça nada, apenas guarde meu timbre em seus ouvidos.
Continua depois
Por: Narriman B.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Pare, olhe, respire-se!
"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser, muda-se a confiança; todo mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades." Camões.
sábado, 20 de novembro de 2010
Tô aí, tô nem aí
Pra discussão sobre maioridade penal, violência e barbárie, tô aí. Pro fim desta impunidade que incrementa a bestialização das nossas vidas, tô muito aí.
Tô nem aí pros especuladores da vida alheia, pro Schwarzenegger, pros índices de audiência, tô nem aí se fui convidada ou preterida, quem é a primeira da lista, a segunda, a última...
Pros sentimentos das pessoas, tô aí. Para seus desejos e dúvidas, para seus medos e ousadias, tô aí. Para tudo aquilo que tem consistência, para tudo aquilo que nos comove, para o leve e o denso, para a alegria genuína e para o luto, tô aí, sim.
Tô nem aí para quantas calorias tem um bife, tô nem aí pra corrida espacial, pro carro do ano, pra musa do próximo verão, pro gol mais bonito do domingo, pra manchete da capa de amanhã.
Para a grosseria e a falta de delicadeza que corrói as relações, tô aí. Para a brutalidade das pessoas, pro egoísmo, pra falta de educação e civilidade, para todos que possuem uma nuvem preta acima da cabeça e a carregam pra onde quer que vão,tô aí e me dói profundamente.
Tô aí pra alguns, pros meus. Tô aí e estou aqui. Estou atenta. Estou dentro. Estou me vendo. Estou tentando. Estou querendo. Estou a postos só para o mínimo, o máximo. Para o que importa mesmo. Para o mistério. A verdade. O caos. O céu. Para Deus e sua palavra. Para a pregação do evangelho aos que estão cativos e sedentos daquilo que o dinheiro não pode comprar. Pros que estão perdendo sua alma. Tô aí e sei que Deus está comigo nessa.
No mais, tô nem aí.
Ascendendo junto a verdadeira face...
'Tudo aquilo que eu esquecia ou negava, soube vagamente em plena queda, era o que eu mais era...
Saudades, infindas saudades!
Saudades da ansiosidade provocada por faltar uma hora pro encontro mágico, da queimação gástrica, das palpitações de um coração que quer sair do peito ao encontro do outro. De vê-lo depois, tranquilizar, pela tranquilidade de outro coração, ao se aproximarem num abraço, perigoso abraço. Saudades da transformação de horas em dias e de e de dias em segundos quando se está perto. De olhar pras coisas e ver além delas, de achar na tempestade motivo pra sorrir, se aquecer... saudades até do medo de perder...de esquecer de dormir à noite porque já se sonha demais quando acordado...
Saudades de guardar o que realmente se quer dizer...
"— E você, por que desvia o olhar?
(Porque eu tenho medo de altura.
Tenho medo de cair para dentro de você. Há nos seus olhos castanhos certos desenhos que me lembram montanhas, cordilheiras vistas do alto, em miniatura. Então, eu desvio os meus olhos para amarrá-los em qualquer pedra no chão e me salvar do amor.
Mas, hoje, não encontraram pedra. Encontraram flor. E eu me agarrei às pétalas o mais que pude, sem sequer perceber que estava plantada num desses abismos, dentro dos seus olhos.)
Por N.B.B
Meu "Eu" fora de mim...
Lutarei...
Eu digo e repito, sem desdizer nenhum momento,
Que enquanto houver sentimento eu vou lutar, não contra
Não à favor, mas lutarei pelo simples prazer de minhas mãos na batalha cobertas com a plena certeza de está lutando pela mais bela das causas!
Lutarei mesmo que o medo venha me apavorar com sua cara feia, e a baixa estima tente me ludibriar com seu papo manjado de que não sou capaz. Lutarei até não poder lutar mais, e farei dessa luta um emblema, de coragem plena, de certeza amena. Cuja imagem estampada traduza a enigmática magia, música ou melodia, contidos nesse olhar que contagia.
E darei minha real face à tapa, sempre que alguém em uma atitude ousada, me indagar dos reais motivos, que me fazem entrar em luta travada, encarando os paliativos, que nunca elimina as causas, mas leva ao embate decisivo.
Eu tomo minha postura de valente, já me familiarizei com desmoronamentos... Sigo em frente lembrando da constante renovação que tenho em minha mente. Tenho meu escudo eficaz, Desistir? Jamais!
Que enquanto houver sentimento eu vou lutar, não contra
Não à favor, mas lutarei pelo simples prazer de minhas mãos na batalha cobertas com a plena certeza de está lutando pela mais bela das causas!
Lutarei mesmo que o medo venha me apavorar com sua cara feia, e a baixa estima tente me ludibriar com seu papo manjado de que não sou capaz. Lutarei até não poder lutar mais, e farei dessa luta um emblema, de coragem plena, de certeza amena. Cuja imagem estampada traduza a enigmática magia, música ou melodia, contidos nesse olhar que contagia.
E darei minha real face à tapa, sempre que alguém em uma atitude ousada, me indagar dos reais motivos, que me fazem entrar em luta travada, encarando os paliativos, que nunca elimina as causas, mas leva ao embate decisivo.
Eu tomo minha postura de valente, já me familiarizei com desmoronamentos... Sigo em frente lembrando da constante renovação que tenho em minha mente. Tenho meu escudo eficaz, Desistir? Jamais!
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
A linha tênue que divide a vida...
A tênue linha que insiste em existir. Que faz o individualismo balançar, arriscar cair no altruísmo, que vive lado a lado com a empatia, decorando os canteiros da harmonia. Basta um simples trepidar, e a corda bamba do amor próprio te leva ao orgulho, a exacerbação, e o "a quem honra, honra" te leva a babação. E quantas vezes, amor e ódio de mãos dadas estão?
Uma eterna contradição, entre estranhamento e magia, mais um passo e se rompe a melodia, transforma-se em caos o que antes era harmonia.
Olho pro lado de lá, vejo a religião às bordas da comunhão com Deus, uma linha as vezes aparentemente perpendicular, que se cruza em algum lugar. Ledo engano! Paralelas estão, lado a lado, formando um caminho apertado. Mas nunca se encontrarão.
E liberdade x prisão? Tão fácil é confundir. São várias linhas que forma uma cadeia. Coração em detenção máxima, mas que incendeia. A liberdade do ser humano percorre a veia, o coloca numa batalha constante em busca do que ele anseia.
Olhar-se no espelho da vida, se enxergar. Encontrar dentro de sí a solução. Tentar entender seu padrão, é de grande resolução. Dúvidas dissolvidas, conflitos solucionados. Mas há o outro lado. Você pode deixar o espelho parado e levantar quem está prostrado? Ou será que o narcisismo te afoga no mar da ilusão? E esqueces a importância de ser irmão? Revive o tão esquecido ato de dar a mão!
Mas há coisas que não se pode separar em linhas e demarcações nítidas. O amor, tendo a amizade como ponto de partida, duas nuances em uma vida. Quem poderá separar? Quando um do outro se afasta, apenas cinzas sobrará.
Esta é a vida, então, uma constante trepidação, linhas imaginárias, demarcação. Decisões constantes que nos dividem ao meio. Pensamentos e devaneios. Razão e emoção. Linhas sem conexão.
Saberás tú viver em equilíbrio então?
Narriman B.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Eterna icógnita no abismo do coração
Narriman B.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Num homem real se esconde uma criança,que deseja brincar...
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Deve ser assim.
Ter você
Está com você
Amar você...
Deve ser como ver meus muros ruirem
Liberdade plena...
E ter certeza de depois de uma noite escura...
virá uma manhã mais amena
Deve ser assim
Um duento de equilíbrio e propósito...
Tudo compartilhado
depósito esvasiado
É sorriso escorregando no rosto,
A maior das minhas aventuras
Um encanto com tudo que é proposto...
É viver acima das alturas...
Com nossas vidas e projetos justapostos
Deve ser assim...
Uma ação presenteada a cada momento.
Educação, postura, prazer e contentamento
E Eu fico suscetível de coerção...
deixando pegadas rumo ao meu coração...
Já é certo, te farei uma surpresa.
Te presentearei com flores de coesão e certeza.
Colherei do meu jardim a mais meiga esperteza...
Verei tua face enrubescer... Exímia beleza.
E enquanto tudo se encaminhar...
verás tú escrito no meu olhar?
Os sinais, os passos, as pistas enfim...
Detalhes de uma investigação, Você é perito, ou não?Mostre isso a mim!
Então usarei da minha altoridade nos mares da emoção
Mergulharei sem medo na intensidade desse mar
Te convencerei a vir também, a se jogar
Terei eu tal poder de persuasão?
Tendo a resposta ou não, eu penso enfim...
Estar com você
ter você
amar você
Deve ser assim...
Por: Narriman B.
Prenda a respiração e... se jogue!
Há inicialmente toda a curiosidade de saber o que há embaixo de tão profundas águas, alí escondido e quase impenetrável. Se decidimos nos jogar então nessa expectativa, a cada braçada nos depararemos com coisas que impressionam, coisas nunca antes contempladas.
Mas no convés da emoção, não levamos em consideração o perigo que esse mergulho inesperado pode ocasionar. É necessário está devidamente preparado e equipado, mas apenas isto não basta,pois quanto mais profundo vamos, maior é a pressão exercida sob nossos pulmões, ou seja, mais ''sem fôlego'' ficamos...
Retornando a questão inicial, o quanto você está disposto a correr riscos? Na entrave de suas decisões, quão ganancioso és, a ponto de se lançar de olhos fechados em algo que para você ainda é oculto, mergulhar onde até agora você só arriscou molhar os pés?
Narriman B.
No princípio era a dúvida
Mas,com o decorrer dos momentos eu a executo,transformo-a em mero tapete para descobertas..
O que há em mim floresce diferente do que pensam, e possui forma própria ,independente do que é vivenciado em outras instâncias e em outras formas de vida...O que há em mim pulsa, e se refaz na aura do dia que traz em seus raios a esperança de uma nova chance...
O medo, nossa defesa pessoal, abre seus braços na tentativa de envolver-me por completo, de separar o que já se faz indivisível: as certezas que percorrem minha alma. Mas seriam essas certezas as certas? Quem poderia afirmar isso comprovadamente? É necessário que eu me contradiga? Pois que seja, se isso me levar ao conhecimento interior pleno que eu tanto necessito, é um doce preço que eu pago feliz...
Há tanto a ser moldado, que ofereço a mim mesma como mediadora desse processo de transformação. Há o que ser abandonado, roupagens antigas que ainda deixam seus fiascos em nós. Pode ser que se livrar disso acarrete sofrimento, mas vale á pena seguir. Há em mim uma necessidade enorme de se vestir de mim , do meu ''eu'' mais oculto,mas a pergunta é: quem o compreenderia? Me torno agente dessa resposta: o Criador da minha alma, Ele conhece bem a matéria que Ele mesmo projetou. Ele me dá embasamento para esse novo momento , se faz luz em meio a escuridão em que eu havia vivido. Sim,ele e mais ninguém. Se estou envolta de lúgubres noites, Ele é a luz, a sua paz é aquela que permanece em nós, mesmo em meio a dor, a angústia, a perda de sí mesmo, a perda do outro....
Ele nos traz o perdão que nós negamos a nós mesmos. Os remorsos dentro desse parâmetro deixa de existir, pois Àquele que habita em nós não trabalha com remorso, mas com arrependimento. O profundo arrependimento e o auto-perdão nos dá a coragem necessária pra consertar o que está fora do lugar ,que muitas vezes foge a nossa compreensão. É inexprimível, mas de rara importância. Não somos o que queremos ser? Paciência! Podemos chegar a ser, capacidade não falta para preenchermos o que ainda é lacuna em nós. A vida com Cristo nos dá essa abertura,a segurança de ancorar em novos caminhos, descobrir novas fronteiras, transmutá-las. Isso nos leva a plenitude cristã.
Narriman B.